Há 1100 anos, em Cluny, com a doação de Guilherme o Piedoso, Duque de Aquitânia, foi fundado um mosteiro colocado sob a direcção do abade Bernon.
Então, o monaquismo ocidental, que florescera, séculos antes, com e após São Bento, tinha decaído muito. Várias foram as causas: condições políticas e sociais instáveis, pelas contínuas invasões e devastações de povos não integrados no tecido europeu, a pobreza difundida e, sobretudo, a dependência das abadias dos senhores locais, que controlavam tudo o que fizesse parte dos territórios de sua jurisdição. Foi, neste contexto, que surgiu, em 910, o grande ideal de Cluny que representou a alma de uma renovação profunda da vida monástica, segundo a inspiração originária de S. Bento. Restabeleceu-se a observância da Regra de São Bento, com algumas adaptações já introduzidas por outros reformadores.
Sobretudo, deu-se à Liturgia o papel central que deve ocupar na vida cristã.